sexta-feira, 8 de julho de 2011

O caro pode ser mais barato

Erros de projeto, problemas na execução, falta de diálogo. São estas algumas das causas do aumento de custo de obras. Aliessa Sabadin fala que existe uma solução simples: compatibilização.



O que impede uma ponte de milhares de toneladas de cair? Simples: a falta de erros nas equações do projeto. Assim como um médico, quem projeta uma obra não pode se dar ao luxo de errar, ou as consequências seriam desastrosas. Mas, erros acontecem. Em projetos mais simples, como de um apartamento, paredes acabam com medidas erradas, janelas e portas ficam fora de lugar e o custo para resolver os problemas aumenta cada vez mais. A solução? Compatibilização.

Um projeto nada mais é do que a união de diversos projetos menores e, na maioria das vezes, cada parte é designada para um ou mais profissionais que são especialistas na área. Arquitetônico, estrutural, hidrosanitário, elétrico e preventivo. E é aí que o problema começa. “Como cada profissional cuida da sua parte, o projeto geral, o grande quadro, acaba por muitas vezes assimétrico. Erros vão surgindo e conforme cada setor tenta se adequar aos projetos alheios, soluções de problemas que poderiam ter sido evitados vão aumentando o custo da obra”, explica Aliessa Sabadin, arquiteta do escritório Osvaldo Segundo Arquitetos Associados.

É aí que entra a compatibilização. Análise, verificação e correção de erros e soluções dos projetos para que tudo fique compatível, evitando assim desperdício de materiais, problemas na execução da obra e, o mais importante, garantindo fidelidade ao projeto original. É necessário lembrar, durante o planejamento de qualquer obra, que a qualidade final dependerá da qualidade do projeto.

Aliessa diz que a compatibilização é realizada por etapas. “A primeira parte é adequar o projeto aos recursos financeiros disponíveis. Sonhar alto é bom. Mas de nada adianta projetar uma obra que no papel fica bonita, se ao término, depois de muitas adequações, não fica como deveria”. Ela também complementa que adoção de sistemas construtivos racionalizados e conceitos de construção enxuta são importantes. “E, não menos importante, a participação do cliente na definição do produto. Para garantir satisfação, deve haver diálogo entre as duas partes”.

O custo da coordenação e compatibilização dos projetos normalmente é de 15%, mas a economia compensa. Problemas na execução da obra podem acrescenter 30% de custo, escolha de materiais e utilização, outros 30%. “Deve haver economia, sim. Mas de forma inteligente. De nada adianta comprar um material mais barato, se por erro de cálculo no projeto, será necessário o dobro na quantidade”, finaliza a arquiteta.



Fonte: Melz | Assessoria de imprensa - OSA

Nenhum comentário:

Postar um comentário