Osvaldo Segundo comenta que “através da arquitetura podemos estudar diversas culturas e civilizações em suas determinadas épocas, analisando seus costumes, crenças, valores e tecnologias disponíveis”. Exemplos clássicos disso são as pirâmides do Egito, o Coliseu e a Torre Eiffel, entre outros pontos tradicionais como palácios, templos, estações de esqui. Mas os tempos são outros e as construções também mudaram. “Intervir com novas obras em áreas ou terrenos com influência de patrimônio histórico é uma atividade de grande complexidade. Afinal, aquele patrimônio reflete uma época que não é a nossa, mas que deve ser respeitada”, afirma o arquiteto.
Na cidade onde fica o escritório, em Blumenau (SC), muito se discute sobre a melhor forma de valorizar a herança arquitetônica deixada pelos antepassados. “As perguntas que mais escutamos são: devemos construir da mesma forma e estilo como eles construíram, negando totalmente a tecnologia e os materiais que temos hoje em dia? Ou será que devemos manter o mesmo estilo, apenas com essas novidades tecnológicas?”, lembra Osvaldo, que comenta que há também os que defendem uma modernização completa, sem a busca de referências históricas.
“Não temos dúvida que os patrimônios históricos legítimos devem ser preservados, até com novos usos que garantam sua manutenção e divulgação”, comenta o arquiteto.
Ele foi até a Europa, um continente reconhecido pela preservação de seus patrimônios históricos, buscar referências de como construir preservando e respeitando o passado sem negar a nossa cultura atual. “Se as nossas roupas, a nossa alimentação e o nosso estilo de vida é diferente, não temos porque construir igual. Mas não podemos esquecer o que já foi feito”, destaca.
Acesso a estacionamento subterrâneo. Arquitetura minimalista no centro da cidade austríaca de Dornbirn.
Ara Pacis Museum – Projeto de Richard Meier em Roma, muito próximo do centro histórico e do Vaticano.
No Brasil, esta preocupação também é histórica. Lúcio Costa, ao comentar um hotel modernista projetado por Oscar Niemayer em Ouro Petro, disse que “a boa arquitetura de um determinado período vai sempre bem com a de qualquer período anterior, o que não combina com coisa alguma é a falta de arquitetura. É a presença do novo que, por contraste, faz a vetustez ganhar profundidade".
Fonte: Melz | Assessoria de imprensa - OSA
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